Idade das Trevas?????

A historiografia  nos traz um mito de que a idade média era a idade das trevas/atraso mental, logo desmistificar este péssimo conceito/mito é importante para entender e compreender este período saindo desta construção preconceituosa. Cada corrente historiográfica analisa ou analisou o período da idade média de acordo com seu tempo, dentro de seu contexto cultural, econômico e social. “A Idade Média para os renascentistas e iluministas já se referira ao período anterior como de Tenebrae: nascia o mito historiográfico da idade das trevas… (FRANCO,2001) ”

Renascentismo e o iluminismo foram momentos  em que a razão explica os fatos que eram relativos ou justificados ao divino, essas ideias místicas caem por fim, condenado o misticismo religioso da idade média e buscando inspiração na antiguidade clássica grego romana daí tudo o que era ligado ao misticismo religioso, onde a igreja dominava a cultura (teocentrismo), é tido pelo renascimento como um período de atrás (barbárie, ignorância)o. Surgindo assim o mito de período de escuridão, trevas…a salvação do mundo é o pensamento renascentista (naquele momento), onde tudo é comprovado pelas tentativas de acerto e erro, o que antes era “mistério da fé” a razão vai provar através da ciência. “Para Voltaire (1964-1778), os papas eram símbolos de fanatismo e do atraso daquela fase histórica…” (Franco,2001)

O romantismo do século XIX valorizava a burguesia, dando ênfase ao nacionalismo com a Revolução Francesa. Mesmo com uma certa mudança, o preconceito continuava, mas agora com uma exaltação romantizada (que a época pedia).  Com as invasões de Napoleão as pessoas começam a perceber a importância de se valorizar sua história, sua cultura…daí começa se a supervalorizar o passado medieval e a algumas figuras que participaram da história daquela localidade.  Algo importante é o fato que os românticos modificaram concepções, criando sua própria idade média…justamente pela exaltação que os românticos faziam ao seu passado medieval começaram a reconstruir r vários monumentos, palácios neogóticos…

No século XX a historiografia passa a olhar com seus próprios olhares, mas com certo risco de se cair no anacronismo, já que não se viveu aquele momento, nós não podemos ver a idade média com os olhos dela própria.  Neste período apresenta se uma divisão da idade média: primeira, a alta, central e a baixa idade média. Este período foi marcado pela junção do império e a igreja fortalecendo a economia e a expansão cristão sobre os territórios pagãos.

Sociedade hierarquizada, dívida em 3 ordens (clero, nobres e servos/camponeses) “assim na terra como no céu”, onde a terra é o espelho do céu; sociedade relativamente imóvel com exceções de ascensão social. Enquanto no Império romano o poder era centralizado, na idade média se tem a pulverização do poder político nas mãos dos senhores feudais, limitando apenas em seu território (em seus castelos, em suas terras, com seus servos…) até o momento que se inicia a idade moderna e estes proprietários terminaram se rendendo ao estado nacional monárquico; partindo dessas relações teremos as vassalagens, a pessoa que recebe aquele feudo passa a ser vassalo de quem doou (suserano) gerando também as subvassalagens, um pouco complicado de explicar, mas para alguns historiadores este teria sido “um dos motivos” que contribui para a crise do feudalismo.

Economicamente sociedade agrícola, com a presença tímida do comércio: sempre houve mercadores que vendiam suas mercadorias de feudo em feudo, mas era basicamente agrária, onde a propriedade feudal era dividia em partes (partes para os servos cultivarem, partes para os senhores…); servos pagavam impostos para os senhores feudais; existia uma variação nas características feudais, nem sempre houve uma homogeneidade, variando de região para região – exemplo, determinadas regiões eram adeptas das Primas note (Latim: jus primae noctis).

Predominância da força da igreja na formação cultural da época: a igreja conseguiu preservar a história, através dos monges copistas, mesmo com erros gravíssimos cometidos, se hoje conseguimos estudar este período é porque houve a preservação desses registros.  Olhar para estas questões com o cuidado e observando os dois lados é importante para a compreensão deste período.

Resultado de imagem para FRANCO JÚNIOR, Hilário. Idade Média. O Nascimento do Ocidente. São Paulo, Brasiliense, 2001E finalizando, deixamos aqui a dica de leitura de Hilario Franco Junior – O Nascimento do Ocidente, muito enriquecedora. Especialista em Idade Média ocidental, seus interesses estão voltados particularmente para a cultura, a sensibilidade coletiva e a mitologia daquele período, bem como para as reflexões teóricas que fundamentam tais pesquisas.

Aproveitem a leitura!

 

 

 

Fonte:

FRANCO JÚNIOR, Hilário. Idade Média. O Nascimento do Ocidente. São Paulo, Brasiliense, 2001. Disponível em: http://www.letras.ufrj.br/veralima/historia_arte/Hilario-Franco-Jr-A-Idade-Media-PDF.pdf

https://www.escavador.com/sobre/3062169/hilario-franco-junior

 

Dica de Anime

Você gosta de Anime? Já assistiu algum anime com temática medieval?

Hoje iremos dar uma dica de  anime com características da Idade Média. Uma união contagiante e enriquecedora para ambos admiradores, tanto da história medieval e quanto para os fãs de Anime. Esperamos que gostem!

Analise realizada por Mindy (Yasmim Alvarez) postado no Blog Garotas Geeks (http://www.garotasgeeks.com/dica-de-anime-arslan-senki-uma-aventura-medieval-inesquecivel/ ), onde vocês também encontram carias outras dicas.

Arslan Senki – uma aventura medieval inesquecível

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Viva a fantasia de um mundo medieval com Arslan Senki
Fãs de aventuras medievais, segurem-se, aqui vai uma excelente opção. O anime Arslan Senki conta a história de Arslan, o príncipe de Pars, que busca recuperar seu país do domínio da Lusitânia. É uma viagem e tanto para a era medieval, então apertem os cintos!

A história se passa na Capital Real de Ectabana no próspero reino de Pars, uma cidade de esplendor e maravilhas, governada pelo invencível e temível Rei Andragoras. Arslan é o mais novo e curioso príncipe de Pars que, apesar de seus esforços, não parece ter o necessário para ser um bom rei como seu pai (ou ao menos é o que dizem a ele). Ao fazer 14 anos, Arslan parte para sua primeira batalha, e perde tudo enquanto a névoa sangrenta da guerra abre alas para chamas abrasadoras, levando à queda de seu glorioso reino. No entanto, é o destino de Arslan ser um governante e, apesar dos testes que ele enfrentará, deve embarcar agora numa jornada para recuperar seu antigo reino das mãos da Lusitânia.

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Análise Técnica
Arslan Senki é um ótimo anime em relação à trama. Na verdade, foi ela que ganhou meu coração. Achei bem diferente a abordagem do anime, que acaba se relacionando muito com o crescimento individual dos personagens, que são muito bem desenvolvidos, especialmente o príncipe. Percebe-se que uma das intenções do autor era mostrar um líder forte e que fosse respeitado pelo amor e lealdade, e não por conta de seu autoritarismo, como é bem comum não só nos animes, mas no mundo. Essa característica do príncipe de Pars pode ser notada já desde o primeiro episódio, quando ele conversa com os prisioneiros da Lituânia, sem qualquer agressividade e demonstrando muita compaixão.

Talvez tal conduta se deva ao fato de que o príncipe é sempre tratado com muita frieza por seus pais, o rei e a rainha. Na verdade, em boa parte do anime você os vê dizendo ao príncipe que ele não tem o que é necessário para ser um rei, justamente por ele ter uma conduta totalmente oposta em relação ao contato com seu povo. Novamente, a mensagem transmitida a nós é a de que um governante não precisa ser frio, autoritário e distante.

Ainda falando da trama, outro ponto que merece destaque é a briga entre os reinos. Com o passar dos episódios, vai ficando cada vez mais clara a mensagem de que nenhum dos dois está correto em suas ações políticas e sociais – embora no momento em que assistimos, é bem perceptível a nossa tendência a torcer sempre por Pars. Pode parecer algo um tanto quanto vago, mas é uma lição bem válida – e, cabe ressaltar, que precisa ser relembrada pelas pessoas.

O único ponto que tenho a fazer sobre o anime é em relação aos nomes dos personagens, que são de difícil pronúncia – e, consequentemente, mais difíceis de lembrar.

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Falando sobre a parte mais técnica do anime, é um fato que nos primeiros minutos a resolução está um tanto quanto… ruim. Acredito que seja algum problema de frame, mas prometo que isso acontece apenas nos primeiros minutos xD.

Conforme o que se espera de um anime medieval, Arslan Senki conta com uma trilha sonora grandiosa e épica. Lembrando que a série parou na segunda temporada, mas está prevista a terceira – ainda sem data.

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Segue abaixo o link do site Animes Online onde você poderá assistir toda a série:

https://www.animesonlinebr.com.br/legendados/77

 

 

Jogos

“A compreensão de processos históricos complexos, que envolvam acontecimentos diversos (seja temporalmente, seja espacialmente), é um dos grandes desafios do ensino de História na escola básica. Um conteúdo específico é o nascimento do Estado Moderno, com a centralização do poder real ao final da Idade Média. Para que os alunos do Ensino Fundamental compreendam tal processo, com ênfase nos casos francês, inglês, espanhol e português, construiu-se um jogo de tabuleiro onde serão revisados e compreendidos simultaneamente diferentes acontecimentos que envolvem a centralização do poder real. ”

Esta descrição é do trabalho apresentado pelo Professor Marcello Paniz Giacomoni no XXVII Simpósio Nacional de História, em Natal/RN, onde ele relata a importância desses jogos dentro da disciplina de História para melhor compreensão do aluno.

Disponível em : http://www.snh2013.anpuh.org/arquivo/download?ID_ARQUIVO=42836

Outro artigo que detalha vários jogos é de Mariana Brito de Almeida. Seu trabalho de conclusão, apresenta a construção de um novo jogo de tabuleiro, destinado a adolescente e adultos, e para isso  faz uma análise de vários jogos deste seguimento.

Disponível em: http://bdm.unb.br/bitstream/10483/5802/1/2013_MarianaBritodeAlmeida.pdf

 Fica a dica!

Jogo de Tabuleiro

Reconquista (2014) 

Classificação: 12 anos

Duração: 60 min (1 jogadores)

Designer: David Kershaw

Artista: José Ramón Faura, Gonzalo Santacruz

Editora : White Dog Games, (Web published)

Descrição:

Vencedor da categoria wargame no concurso de print and play e jogo solitário de 2014. Lançado no início de 2015 como um jogo de tabuleiro físico pela White Dog Games. O jogo é um wargame de movimento de área solitário, simulando a Reconquista da Península Ibérica pelos reinos cristãos dos séculos VIII ao XV.

O jogador assume o papel das forças cristãs. Começando com uma pequena parte do norte da Espanha, o jogador compra exércitos e cidades, com o objetivo de derrotar as forças muçulmanas e reconquistar a Península Iberica para os Cristãos. O jogo envolve batalhas, cerco, eventos aleatórios e as ações das forças muçulmanas, controladas pelo jogo.

Os eventos aleatórios incluem invasões vikings, intervenção francesa, fome, rebeliões, conflitos religiosos, ordens militares cristãs e muito mais.

A versão da White Dog contém regras limpas, regras opcionais adicionais, incluindo tabelas alternativas de eventos aleatórios e um cenário histórico para cada um dos 20 turnos do jogo.

Disponível em: https://www.ludopedia.com.br/jogo/reconquista#

A Ordem Religiosa e Militar de Avis

A origem da Ordem dos cavaleiros de S. Bento de Avis remonta à Reconquista cristã, em meados do séc. XII. Sediada em Évora, inicialmente com o nome de Freires de Évora, após esta cidade ter sido conquistada aos Mouros. Com dependência da Ordem espanhola de Calatrava, chegou a ter o nome de Milícia de Évora da Ordem de Calatrava, da qual se desligou e tomou definitivamente o nome de Ordem de Avis quando em 1211 D. Afonso II doou aos freires o lugar de Avis, com a condição de o povoarem e nele erguerem um castelo.

Foi seu primeiro mestre foi Fernão de Anes (1196-1219), a quem se deve a edificação da vila e do castelo e último, Fernão Rodrigues de Sequeira, que morreu em 1433 e repousa no interior da igreja conventual.

A grande personalidade da Ordem seria D. João, Mestre de Avis, filho bastardo de D. Pedro I, elevado ao trono de Portugal por vontade do seu povo após o interregno de 1383-1385. O nome da Ordem ficaria assim ligado à Dinastia de Avis, a mais notável das dinastias portuguesas, a quem se deve toda a estratégia que levou Portugal a optar por uma vocação de expansão atlântica que culminaria nos Grandes Descobrimentos. A partir de D. João I cessou o governo dos mestres eleitos pelos capítulos da Ordem e esta passou a ter governadores e administradores escolhidos pela Coroa, o primeiro dos quais foi um dos filhos do próprio rei, D. Fernando, o Santo, que morreu martirizado em Ceuta. Os freires usavam um manto branco com cordões até aos pés, e uma cruz verde rematada com flores de lis, insígnia da Ordem.

Fonte: https://www.visitportugal.com/pt-pt/NR/exeres/227A55AE-2DF9-4917-81D1-296EDD3468CD

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Para melhor aprofundamento sobre o tema leia o artigo abaixo:

A Ordem de Avis e a Monarquia Portuguesa até ao Final do Reinado de D. Dinis

“O estudo que agora se apresenta não pretende ser mais do que uma breve reflexão 
sobre as relações entre os monarcas portugueses e a Ordem de Avis até finais do primeiro quartel do século XIV…”

Disponivel em: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/8103/2/2023.pdf

 

Acesse também:

http://ruilyra.blogspot.com/2014/12/as-origens-da-ordem-militar-de-avis-o.html

 

Ordens Religiosas Militares

As ordens religiosas e militares remontam à Idade Média, ao tempo das cruzadas, na sequência da tomada de Constantinopla, pelos Turcos, em finais do século XI, e da violência a que estes sujeitaram os peregrinos que se dirigiam à Terra Santa. Tiveram a missão de defenderem os lugares santos do Cristianismo, de protegerem e assistirem as populações e peregrinos e de colonizarem as terras conquistadas aos seguidores do Islão.

Após o decreto do Papa Urbano II (de 1088 a 1099), no Concílio de Clermont, da conquista da Palestina, surgem as cruzadas com cerca de seiscentos mil fiéis que, em nome da religião católica, formam um exército monástico-militar, que parte em direção a Constantinopla e, depois de dominar Niceia e Antioquia, consegue tomar Jerusalém. Em 1099, Godofredo de Bulhão é eleito defensor do Santo Sepulcro e alguns cavaleiros cruzados impulsionam aí uma albergaria ou hospital que desde 1048 recebia e apoiava os peregrinos. São estes que dão origem à primeira Ordem Militar, a Ordem dos Hospitalários ou de São João de Jerusalém, mais tarde conhecida também como de Rhodes ou de Malta. Nove cavaleiros que se albergaram numa parte do Templo de Salomão formaram a Ordem dos Cavaleiros do Templo, ou Templários.

Ordem dos Hospitalários ou de S. João de Jerusalém – começou por ser uma casa religiosa de recolha de peregrinos em Jerusalém, fundada em 1048. Pouco tempo depois, foi erigido junto a esta casa um hospital com capela própria. Em 1113, o papa Pascoal II mandou erigir a congregação, sob o nome de S. João, e deu-lhe regra própria. Em 1120 o Grão-mestre da congregação, Raimundo de Puy, acrescentou, para além dos cuidados com os doentes, o serviço militar. Após a queda de Jerusalém (1187) e de Acre (1291), às mãos dos muçulmanos, os Hospitalários têm de abandonar a Palestina, instalando-se, em 1312, na Ilha de Rhodes. Passou a chamar-se Ordem de Malta, a partir de 1530, ao estabelecer-se na ilha do mesmo nome, que passou a ser a sua sede. Esta Ordem entrou em Portugal no início do século XII, por volta de 1122 e 1128. No entanto, só tem importância militar em Portugal no último quartel do século XII. Em 1194, D. Sancho I doou-lhes a terra de Guindintesta para aí construírem um castelo a que pôs o nome de Belver. D. Sancho II doou-lhes, em 1232, as terras do Crato. O grão-mestre desta Ordem passou, a partir de 1340, a ser designado por prior do Crato, por aí se situar a sede da Ordem.

Ordem dos Templários ou dos Cavaleiros do Templo ou Ordem de Cristo – inicialmente intitulada milícia dos Pobres Cavaleiros de Cristo, é fundada por nove cavaleiros, chefiados por Hugo de Payem. Mas é S. Bernardo quem faz a sua propaganda no ocidente e consegue o apoio da Igreja. Depois de, em finais do século XIII, a ordem do Templo ter abandonado o Próximo Oriente, visto estar aí já extinto o domínio cristão, todos os seus seguidores regressaram aos países de origem. Só na Península Ibérica se mantinham as condições para que a Ordem mantivesse as atividades para que fora criada: a luta contra os muçulmanos. Por ser muito poderosa economicamente, a ela recorrendo os reis e senhores quando em dificuldades financeiras, tornou-se para eles uma ameaça a anular. Filipe-o-Belo, rei de França, foi um dos líderes da campanha que levou ao desaparecimento desta Ordem. Foi extinta em 1312, por ordem do papa Clemente V, que determinou a passagem dos seus bens para a Ordem dos Hospitalários, com exceção dos reinos peninsulares. Em Portugal, D. Dinis procurou junto de Roma a criação de uma nova Ordem, a dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo, que foi instaurada por bula de João XXII em 1319. Esta Ordem, com regra beneditina, recebeu todos os bens que eram da Ordem do Templo, tendo sido sediada em Castro Marim (zona de fronteira com os Mouros); em 1357 a sede foi transferida para Tomar. Foi de reconhecida importância o seu papel nas conquistas e na expansão ultramarina, sobretudo pela ação do seu administrador, D. Henrique.

Outras ordens simultaneamente religiosas e militares aparecem como necessidade de defesa contra os mouros e dos peregrinos que se dirigem aos diversos locais de devoção. Estão neste caso a Ordem de Calatrava e a Ordem de Santiago da Espada.

A Ordem de Calatrava – fundada por S. Raimundo, surgiu para defender a cidade fronteiriça de Calatrava contra os ataques dos mouros. Confirmada em 1164 pelo Papa Alexandre III, estabelece-se, também em Portugal, com sede em Évora. Depois recebe como doação diversas localidades, incluindo Avis, passando os “Freires de Évora” a serem conhecidos por “Freires de Avis”. No entanto, sem data precisa, aparece a Ordem de Avis independente da de Calatrava.

Ordem de Avis – a data da criação desta Ordem é desconhecida, mas, tal como as suas congéneres, terá começado por uma associação de cavaleiros com o objetivo de combater os muçulmanos, por meados do século XII. No reinado de D. Afonso Henriques existia uma associação com o nome de Freire de Évora, integrada na Ordem de Calatrava de Castela, que recebeu do rei a doação de diversos castelos expostos aos ataques dos mouros. Em 1211, D. Afonso II doou a estes freires o lugar de Avis que, mais tarde, viria a ser a sua sede. Esta Ordem seguia a regra beneditina, o hábito tinha uma cruz vermelha florenciada e na sua bandeira figuravam também duas aves. A independência da Ordem em relação a Calatrava ter-se-á dado no reinado de D. João I e, nesta altura, a cruz passou a ser verde. As dignidades da Ordem eram: Mestre, Comendador-mor, Chaveiro, Alferes-mor e Sacristão-mor. Possuía, no início do século XVIII, terras no Alto Alentejo e no Ribatejo.

A Ordem de Santiago da Espada ou simplesmente Ordem de Sant’Iago – terá começado, tal como outras, por uma pequena associação de cavaleiros para combate aos Mouros na zona de Leão. Foi oficializada por Fernando de Leão em 1170, que lhe doou dois anos mais tarde a vila de Cáceres. A Ordem rapidamente se espalhou por Castela e Portugal, onde recebeu vários castelos a sul do Tejo. Foi confirmada por bula papal em 1175. Com o avanço da reconquista para sul, o papel dos cavaleiros da Ordem foi de destaque e por isso receberam numerosos castelos, no Baixo Alentejo e Algarve. Entre estes castelos estava o de Palmela, no qual a Ordem, já independente da de Castela, se estabeleceu. A separação da Ordem de Castela foi muito contestada, apesar de deferida por bula do papa Nicolau IV de 1288. Depois destes vários documentos pontifícios confirmaram e anularam a separação. Esta, no entanto, manteve-se, e só foi confirmada definitivamente em 1452, por bula do papa Nicolau V. Os seus estatutos foram publicados em 1509, 1542 e 1548. A sua bandeira principal era vermelha com cruz de braços iguais florenciada e, mais tarde, passou a ter como único símbolo a cruz em forma de espada.

26ba1de70b09badd97900d7e42aa274dEm Portugal, as ordens religiosas militares foram extintas a 30 de junho de 1834, por um diploma que tornou aplicável às ordens militares o decreto, de 30 de maio do mesmo ano, que extinguiu os conventos religiosos.

Nos séculos X e XI não surgiram só as ordens religiosas e militares, mas também várias ordens religiosas com missões de apoio, ensino, missionação e assistência dos desfavorecidos, como a Ordem dos Beneditinos, a Ordem de Cluny ou a Ordem de Cister. Estas ordens religiosas são diversas, embora as masculinas se costumem agrupar em Cónegos Regrantes, Ordens Monásticas, Ordens Mendicantes e Clérigos Regulares; e as femininas, dependendo ou não de uma ordem masculina (1.ª Ordem) se designem em Segunda Ordem ou Ordens Terceiras.

Ordens religiosas militares in Artigos de apoio Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2018. [consult. 2018-12-03 20:12:35]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$ordens-religiosas-militares

Tentem identificar:

– O que caracterizavam as ordens militares?

– Qual a sua raison d’être?

– Qual a importância delas para o mundo medieval?

Dica Jogo

Assassin’s Creed

É o ano 1191 d.C. A terceira cruzada está despedaçando a Terra Santa. Você, Altair planeja acabar com as hostilidades suprimindo os dois lados do conflito. Um guerreiro envolto em segredo e temido por sua impiedade. Suas ações podem arremessar seu mundo ao caos, e sua existência moldara os eventos durante este momento vital da história.

O jogo proporciona a chance de explorar a Terra Santa durante o século 12, misturando furtividade, jogo de plataforma e combates de ação.

*O jogo está disponível para PS3, PS4 (via Playstation Now), Xbox360, XboxOne (via retrocompatibilidade) e PC – Classificação 18 anos.

Fontes: https://www.ubisoft.com/pt-br/game/assassins-creed-1/

Leia também a Resenha do jogo no site Cultura Nerd & Geek:  http://culturanerdegeek.com.br/assassins-creed-resenha/

Dica de Artigo

As Origens da Ordem Militar dos Hospitalários
Bruno Mosconi Ruy

“Resumo: Essa comunicação tem por objetivo tratar das especificidades da dinâmica das atividades religiosas, assistenciais e militares da Ordem dos Hospitalários, bem como traçar uma breve explanação das procedências dessa Ordem, de seu contexto, de seus pioneiros e dos eventos basilares de seu desenvolvimento, constituição e afirmação. Embora seja anterior à Primeira Cruzada, a Ordem do Hospital foi dinamizada para auxiliar os milhares de peregrinos feridos e doentes ao longo do caminho à Terra Santa, principalmente durante o século XI. A construção dos primeiros hospícios ou hospitais foi estimulada pela generosidade e pela insistência dos fiéis e só foi alcançada através da assistência principesca (DEMURGER, 2002, p. 27-28). No ano de 865, relatos de Bernardo, o Monge, indicam que tenha sido recebido no hospício do imperador Carlos Magno, reconhecido por acolher peregrinos devotos e de língua romana. As origens assistencialistas da Ordem, portanto, confundem-se à história da própria peregrinação, e a legitimidade de sua atividade caritativa não raramente é buscada em textos bíblicos e através do reconhecimento papal. Esse movimento de reforma e conturbação religiosa estimulou o surgimento de muitas casas contemplativas, com ênfase na capacidade de proporcionar condições mais dignas a quem quer que lhes clamasse por ajuda (NICHOLSON, 2001, p. 1-4). A vocação militar do Hospital não foi admitida em facilidade – principalmente quando debatida no âmbito religioso. Desenvolveu-se gradativamente, através de doações e como uma extensão da assistência prestada aos necessitados e, por volta do século XIII, quando a belicosidade da Terra Santa tornou-se óbvia a todas as esferas administrativas, amadureceu como foco principal de sua atividade, assegurando o seu prestígio, influência e viabilidade econômica (GARCÍA et al., 1991, p. 25-37) . Seu conceito permaneceu inquestionável, e a ela era reservada a liderança de muitos processos de reconquista da santidade que há tanto tempo lutava para proteger. A guarda dos castelos surge como um argumento contundente a essa afirmação. Em 1136, o rei de Jerusalém confiou a proteção do castelo de Bethgibelin, aos Hospitalários e, em 1142, o conde de Trípoli lhes doou o castelo do Crac. Tornou-se característica do Hospital ser solicitado a participar da defesa do reino (GARCÍA-GUIJARROS RAMOS, 1998, p. 293- 296). Outras evidências sugerem o caráter militarizado da ordem, como seu envolvimento em divisões de espólios com o Conde de Trípoli entre 1142 e 1144. Seja como for, seu Estatuto de 1181 é o primeiro documento a incluir o termo “irmãos de armas” e dispor a primeira menção oficial e específica à sua atividade bélica, prevendo um dia dividido em orações e discussões acerca de assuntos religiosos, e exercícios de recreação, manutenção física, trabalho e treinamento marcial. Ao longo do milênio, os Hospitalários tornaram-se exemplos práticos de profunda adaptabilidade organizacional. Sua história é a marca do ajuste à finalidade da realidade geopolítica e espiritual em que se encontravam. Em contraste com a Ordem dos Templários, foi a eficácia com a qual a Ordem do Hospital comprometeu-se presentemente à sua missão que a tornou muito mais dinâmica, e não apenas a sua pompa ancestral.”

 

Fonte: Mosconi Ruy, Bruno. (2011). As Origens da Ordem Militar dos Hospitalários. 2543-2552. DOI: 10.4025/5cih.pphuem.2224.

Disponivel : http://www.cih.uem.br/anais/2011/trabalhos/93.pdf

Dica: Série mostra templários do século 14

“Knightfall: A Guerra do Santo Graal”  

(Produção acompanha início da decadência da Ordem Templária)

No grande salão de hotel de luxo da capital do México, um grupo caracterizado como cavaleiros das Cruzadas explica a jornalistas detalhes das armas e armaduras que exibem. São membros de um clube medievalista local. Estão ali para um café da manhã que de mexicano só tem o cardápio.
O evento divulga para a América Latina o novo drama histórico do History, “Knightfall: A Guerra do Santo Graal”(…). Tenta repetir o sucesso de “Vikings”, série de aventuras do mesmo canal, já na quinta temporada.
“Knightfall” tem dez episódios recheados de cenas de combate sangrentas e espetaculares, numa esmerada reconstituição do século 14 feita em locações na Croácia e na República Tcheca.
O elenco traz rostos conhecidos de quem acompanha séries de época na TV, incluindo Tom Cullen (de “Downton Abbey”), Simon Merrells (“Spartacus”), Pádriac Delaney (“Tudors”), Ed Stoppard (“The Crown”) e Jim Carter, mais um egresso de “Downton Abbey”, como vários outros nomes na produção.
“O elenco já tinha chegado a um ótimo ambiente no set quando veio o fogo”, conta Merrells à reportagem. “Um incêndio destruiu completamente os cenários. A primeira coisa que você pensa, claro, é que todos estão bem, ninguém se machucou. Mas depois começa a pensar em como fazer tudo continuar.”
Para ele, a adversidade reforçou os laços de amizade. “Quando entramos no set refeito, semanas depois, todos se sentiram na obrigação de se dedicar mais ao trabalho.” Segundo o inglês de 52 anos, o entusiasmo foi tanto que é fácil notar no elenco a vontade de uma nova temporada.
Criar o enredo para um segundo ano de “Knightfall” é tarefa dura para os roteiristas, já que a primeira temporada foca o período derradeiro da atuação dos templários, ordem militar criada no século 12 para proteger peregrinos que iam a Jerusalém, reconquistada nas Cruzadas.
Essa cavalaria religiosa chegou a ser muito rica e reuniu mais de 20 mil soldados. A série transcorre em plena decadência do grupo, em 1307, quando seus integrantes locados em Paris sofrem pressão do papa, instigado a fechar a ordem pelo rei francês, que tinha grande dívida com os templários.
Nesse cenário adverso, os cavaleiros partem em busca do Santo Graal, que, entre outras crenças atribuídas a ele, poderia ser o cálice usado por Jesus Cristo na última ceia.
“Acredito que há cenários possíveis para mais temporadas”, diz Merrells. “Há períodos para abrigar novas tramas, antes do fim da ordem.”
Ele entende que a liberdade criativa seja necessária para criar o enredo de entretenimento – e, para atrair um público que, segundo Merrells, já consome histórias influenciadas pelos cavaleiros.
Classificação 18 anos.

Ordens Teutônicas

Em 1190, comerciantes das cidades de Bremen e Lübeck organizaram em Acre, na Terra Santa, um hospital de campanha para os soldados alemães pobres, doentes ou feridos em combate. Pouco tempo depois, cavaleiros de origem alemã fundaram nesta casa uma ordem hospitaleira, seguindo o modelo dos  Hospitalários de S. João de Jerusalém. A nova ordem foi aprovada em 6 de novembro de 1191 pelo papa Clemente III. Esta, em 1198,tornou-se uma ordem militar, rival da do Templo, e especializada na luta contra os muçulmanos, que então eram designados pelos cristãos como”infiéis”. Este  novo carácter militar foi confirmado pelo rigoroso papa Inocêncio III em 1199, conferindo à nova milícia alemã a Regra dos Templários. Os cavaleiros “teutónicos” eram recrutados entre a nobreza alemã. 

Em 1211, a ordem retira-se da Terra Santa. Funda então a cidade livre de Kronstadt (atual Brasov, na Roménia), na Transilvânia, atraindo para a região a  colonização alemã, que ainda hoje perdura. Esta prática de fundações de castelos que rapidamente se tornam o centro de novas povoações pelos Cavaleiros Teutónicos será constante ao longo do século XII, desde a Estíria(Áustria), à Turíngia, na Alemanha Central, na Boémia e em outras regiões da Europa Central.  No entanto, a tradição de fundar e manter hospitais e albergues não se perdeu na  ordem.

A Ordem Teutónica assentará, a partir do século XIII, o seu desenvolvimento sobre dois vetores de orientação: um, de promoção da colonização alemã da Europa de Leste (o Drang Nach Osten, “avanço para Leste”); o outro, ligado ao anterior,  de evangelização dos Eslavos. A quando da morte do grão- mestre Hermann von Salza (1212-1239), a Prússia ea Livónia (uma área quecorresponde à região entre o nordeste da  Polónia e aos países bálticos)tinham já sido conquistados pelos Cavaleiros Teutónicos.  Em 1291, dá-se,contudo, um rude golpe nas ordens religiosas militares, a que não fugiram os Cavaleiros Teutónicos, e na Cristandade em geral: Acre, último reduto cristão na Terra Santa cai em poder dos muçulmanos, perdendo-se as últimas ligações desta com os cavaleiros. 

Em 1309 a ordem reestrutura-se, passando o grão-mestre a residir em Marienburg, junto ao rio Vístula (na atual Polónia). Neste mesmo ano, a Pomerânia e a cidade de Dantzig (atual Gdansk, na Polónia) são definitivamente conquistadas pelos Teutónicos. O século XIV será, de facto, o período de apogeu da Ordem Teutónica, pois em 1410, com o desastre militar de Tannenberg, em que os seus cavaleiros foram vencidos pelo rei polaco Ladislau II Jagelão, o declínio do poder daquela milícia germânica começava. No fim do mesmo século, os seus senhorios resumiam-se já apenas à Prússia Oriental (atual nordeste da Polônia e região russa de Kaliningrad) e a uma parte da Livónia. Resultado de imagem para soldados teutonicos

O século XVI será o tempo da agonia dos Cavaleiros Teutônicos. O último grão-mestre, Alberto de Brandemburgo, aderiu à Reforma Protestante em 1525, secularizando logo a ordem. A Casa de Brandemburgo, agora luterana,detém o domínio sobre a Prússia, que passa a ser seu ducado hereditário. Em 1809, a ordem foi totalmente suprimida por Napoleão na Alemanha,sobrevivendo apenas na Áustria, território onde se manterá a tradição dos cavaleiros teutônicos, já então mais hospitaleiros e assistenciais e menos militares. Esta dimensão será consolidada pelo decreto papal emitido por Pio XI em 21 de novembro de 1929 que transformava os Cavaleiros Teutônicos em uma ordem clerical composta por sacerdotes, irmãos e irmãs. Enfim,passavam a ser uma ordem unicamente religiosa, igual a tantas outras, o que  permitiu que se salvasse e não conhecesse a extinção definitiva. Mas os ventos agrestes do nacional-socialismo (nazismo) alemão não foram bons para a renovada ordem teutônica, suprimida que foi pelos esbirros de Hitlerem setembro de 1938 na Áustria e no ano seguinte na Checoslováquia. A ordem, apesar da situação difícil, conseguiu sobreviver na própria Alemanha ao ateísmo oficial nazi, relançando-se mesmo depois do fim da Segunda Guerra Mundial, contando hoje cerca de cem religiosos sacerdotes, alemães ou austríacos na sua maioria. Os seus membros, apesar de clericalizados,mantém uma aura da velha tradição teutônica, irrepreensivelmente visível nos costumes e principalmente na indumentária. O hábito religioso dos cavaleiros mantêm ainda a capa branca com uma cruz negra orlada do lado esquerdo da mesma, caindo sobre o peito aquando apertada ao pescoço. Esta cruz teutônica está na origem da célebre “cruz de ferro” das forças armadas alemãs, ainda em uso.

Fonte: Cavaleiros Teutónicos in Artigos de apoio Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2018. [consult. 2018-12-01 20:24:21]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$cavaleiros-teutonicos

 

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Ordens dos Hospitalários

Os Cavaleiros Hospitalários representavam uma ordem militar cristã criada no século XI.

Cavaleiro Hospitalário. Símbolo da Ordem dos Hospitalários.Jerusalém é um local sagrado para as principais religiões do mundo. Durante a Idade Média, o território foi extremamente disputado entre cristãos e muçulmanos. Estes, conquistaram a chamada Terra Santa no século XI, incomodando os cristãos. Foi por esse motivo que surgiram as famosas Cruzadas, tentativas cristãs de se reconquistar Jerusalém. No final do mesmo século, o papa da época convocou os cristãos para marcharem até a Terra Santa e retomarem para os cristãos o território no qual havia vivido Jesus Cristo. Em 1099, partiu a Primeira Cruzada. No mesmo ano, alguns mercadores de Amalfi fundaram em Jerusalém uma casa religiosa para recolher os peregrinos. Essa casa cresceu em funcionalidade, passou a operar sob a regra de São Bento e, mais tarde, passou a contar com um hospital. Por algum tempo, Godofredo de Bulhão foi o financiador da iniciativa, garantindo a existência daquilo que viraria uma congregação especial e adotaria o nome de São João Batista. Em 1113, a congregação foi reconhecida pelo papa e passou a operar sob regra própria. Alguns anos depois, o serviço de proteção e atenção aos doentes passaria a contar também com serviços militares, constituindo, assim, a fundação da Ordem dos Cavaleiros Hospitalários.

A Ordem surgiu em função das ameaças muçulmanas que os cristãos sofriam em suas jornadas de fé para visitar a Terra Santa. No meio do caminho, os fieis eram atacados, saqueados, feridos e até assassinados pelos islâmicos. Para oferecer proteção, os Hospitalários prestavam serviços médicos aos cristãos. Com o tempo, notaram que só o cuidado com os doentes não resolveria a difícil situação no Oriente, e a Ordem adotou também uma conduta militar. Os Cavaleiros Hospitalários ou Cavaleiros de São João incorporaram os treinamentos de batalha e participaram de diversos combates.

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Os Cavaleiros Hospitalários assumiram como hábito, ou seja, vestimenta característica utilizada, a túnica branca e um grande manto preto dotado de uma cruz de ouro com esmalte branco no lado esquerdo. Os cavaleiros pertencentes à Ordem eram sempre pertencentes à fidalguia. Além de manterem o hospital em Jerusalém, envolveram-se diretamente com as Cruzadas e, ao contrário do que aconteceu com outras Ordens, mantiveram-se vivos e ativos com o fim delas.

Os Cavaleiros Hospitalários sobreviveram à Idade Média e a Ordem permaneceu viva, recebendo de Carlos V do Sacro Império Romano-Germânico a Ilha de Malta como doação, em 1530. Nesta época, a Ordem dos Hospitalários mudou de nome, passando-se a se chamar de Ordem de Malta. Existente até os dias atuais, a organização exerceu funções de espionagem para o Vaticano e sempre se manteve ativa em iniciativas de beneficência. Atualmente, a Ordem tem atividade discreta, porém presente em muitos países do mundo. Seus integrantes são médicos, homens de ciência ou com tendências ao sacerdócio.

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Mestrado em História (UFJF, 2013)
Graduação em História (UFJF, 2010

Fonte: https://www.infoescola.com/historia/cavaleiros-hospitalarios/